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BIOGRAFIA
Performer, cantora, compositora, antropóloga, etnógrafa, são alguns dos rótulos que utilizo. Minha formação acadêmica pode ser encontrada na conjuntura entre Humanidades e Ciências Sociais, cruzando ciência ambiental, estudos de desenvolvimento global, antropologia social, artes cênicas e mídia. Em termos gerais, meus interesses de pesquisa incluem temas como democracia, mudanças climáticas, mídia indígena, participação dos povos indígenas na política global, justiça socioambiental, ativismo digital e descolonização. Eu obtive meu mestrado em Antropologia Social pela Universidade de Estocolmo, Suécia, com base em minha dissertação intitulada “Democracia, um herói trágico carnavalesco: as narrativas de um movimento social transnacional contra o golpe no Brasil”.
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A dissertação oferece um panorama da emergência de formas de resistência entre brasileira(o)s em diáspora contra a virada autoritária no Brasil desde o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016. A partir de métodos etnográficos, eu investiguei como uma mobilização transnacional permitiu a construção de uma nova identidade coletiva de migrantes brasileira(o)s através da intersecção de múltiplas lutas - incluindo a luta pela democracia, direitos humanos e meio ambiente. Em particular, a dissertação analisou as redes organizacionais online, ideologias e narrativas da FIBRA, Frente Internacional Brasileira Contra o Golpe e Pela Democracia. De maneira geral, eu investiguei os conflitos em torno do escopo e limites do regime democrático, inserindo o Brasil em um contexto mais amplo em torno das tendências globais associadas a uma nova onda de populismo de direita. Também abordei maneiras de trazer minhas práticas artísticas durante o trabalho de campo para o texto antropológico, e utilizei elementos do Teatro Épico, da Tragédia Grega e do Carnaval como ferramentas conceituais para entender a democracia como um herói carnavalesco trágico.
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Antes de embarcar na Antropologia Social, iniciei um mestrado em Estética da Arte na Universidade de Estocolmo. Eu frequentei cursos de estética, teoria e metodologia da performance, cultura e comunicação, fenomenologia, psicanálise, dramaturgia, teatro e ativismo, e estudos queer e de gênero. Essa experiência académica levou-me a criar o projeto “Activismo Sonoro” para investigar a relação entre música / som e espaços de “alteridade”, com especial enfoque na estética e ontologia política do “outro”, nomeadamente os silenciados e marginalizados em suas lutas por emancipação social. Posteriormente, lancei o álbum IDentidades com canções próprias sobre temas como xenofobia, racismo, sexismo e violência urbana.
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Eu sou bacharel em Artes Cênicas, com especialização em Direção Teatral, pela Universidade Federal de Ouro Preto, Brasil. Lá, eu desenvolvi a monografia “A Palavra Cênica: Integrando voz e movimento na formação do ator” e dirigi a
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Photo by Bo Forslind Production: Make Up Institute Stockholm Makeup Judit Szekeres
peça de teatro “Guantánamo: história de homens e bichos”. A peça foi baseada em material documental sobre violações de direitos humanos na prisão militar dos Estados Unidos localizada na Base Naval da Baía de Guantánamo, em Cuba. A peça investigou o contraste entre a cobretura da mídia sobre o terrorismo e sua significação da islamofobia, por um lado; e o uso de tortura durante medidas de combate ao terrorismo, por outro. Na Universidade Federal de Ouro Preto, eu fui bolsista do Programa de Pesquisa CNPQ e desenvolvi o projeto “Adaptação de Textos Clássicos na Cena Contemporânea: Uma Abordagem Ético-Estética” e co-dirigi a peça “O Amor de Fedra” de Sarah Kane.
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Como pesquisadora voltada para a sociedade, eu contribuo regularmente com organizações da sociedade civil e participo de projetos ativistas e artísticos, especialmente com foco em direitos humanos, democracia e proteção ambiental. Dessa forma, eu tento combinar o acadêmico, o político e o artístico. Minha missão hoje é usar o poder do conhecimento e do pensamento criativo para contribuir para a preservação dos meios de vida indígenas e camponeses e aplicar seus conhecimentos para avançar em direção ao que esperamos ser a criação de uma sociedade mais justa e sustentável.
MÚSICA
"Primeiro Bartira Fortes nos atravessa com seu nome de índia. Logo, sua voz nos separa de nós mesmos. Depois, seu ritmo volta a nos por inteiros. Sua música meio antropofágica, meio urbana, bate janelas e portas no campo fechado dos sons administrados onde morre nossa audição. Não é sem violência que a ouvimos. Não é para docilizar nossa escuta que ela canta. No estado da linguagem viva que é a arte, os sons de Bartira Fortes são um modo de buscar o mundo. O caminho apontado por sua música carregada de revoltas contra marcas exteriores, contra o que se diz por dizer, contra ismos, contra regras, pré-noções, medidas é um caminho cheio de abismos. É preciso prestar atenção nas letras, nos ritmos, nas melodias de Bartira, para apreciar a escuridão, para suportar a vertigem. Um Brasil nada endógeno, um Brasil além dele mesmo, está ali, em cada timbre, em cada batida, em cada melodia, na forma de um limiar. Sem agradar, sem entreter, a música de Bartira é maior, ela vem nos alegrar, como uma potência, a promessa de que podemos ouvir mais." - Márcia Tiburi, filósofa
Ouça IDentidades no Spotify
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Bartira Fortes vocal
Allan Christie piano, synth, rhodes, guitarra, acordeão
Kristian Brink sax, flauta
Rubem Farias baixo
Robert Ikiz bateria, percussão
Gravadora Galeão
VIDEOS
FOTOS
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Foto Ida Ã…kesson Brazilian Day em Estocolmo 2019
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18 Fev 2021
Artigo por Bartira Fortes publicado no Antroperspektiv, blog pertencente à Associação Antropológica Sueca (SANT).
PRESS
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